Mato Grosso do Sul saiu da lista das unidades com maior incidência da doença no país e mantém tendência de queda. O Estado não está na lista de principais alvos de campanha lançada pelo Ministério da Saúde, que prepara uma nova mobilização em todo o país. Segundo o governo, as maiores preocupações hoje são com maior número de casos prováveis de dengue em São Paulo (890 mil), Minas Gerais (159,3 mil), Paraná (107,1 mil), Goiás (96,4 mil) e Rio Grande do Sul (84,7 mil).
No próximo sábado (8), será realizado o Dia D de combate à dengue, com ações simultâneas para conscientizar gestores, profissionais da saúde e a população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito antes do período mais crítico, entre novembro e maio.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que, embora o país registre queda no número de casos, o alerta deve continuar. “A gente age ao longo de todo o ano, mas agora é a oportunidade de voltarmos a chamar a atenção da população para evitarmos qualquer tipo de crescimento no número de casos”, disse ao lançar a campanha “Não Dê Chance para Dengue, Zika e Chikungunya”.
Dados de MS
O estado confirmou 8.252 casos de dengue em 2025 até a 43ª semana epidemiológica, com 18 mortes e sete óbitos em investigação, segundo boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde) divulgado na semana passada
A melhora ocorre em meio à intensificação das ações de controle e à conclusão do Projeto Wolbachia, iniciado em 2020 e encerrado nesta quarta-feira (3). A iniciativa consiste na soltura de mosquitos Aedes aegypti com uma bactéria capaz de impedir a transmissão de dengue, zika, chikungunya e febre-amarela. Agora, o método será monitorado pelos próximos dois anos para avaliar sua eficácia em reduzir casos em Campo Grande.
No ano passado, a capital sul-mato-grossense recebeu a liberação de 112 milhões de mosquitos em 74 bairros e sete regiões, beneficiando cerca de 950 mil pessoas.