Após quase três décadas no PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja oficializou, na manhã deste domingo (21), sua filiação ao PL. A cerimônia ocorreu no Ondara Buffet Palace, em Campo Grande, e reuniu mais de quatro mil pessoas, entre lideranças políticas estaduais e nacionais.
O ato contou com a presença do presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, do senador Rogério Marinho (PL-RN) e do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além de prefeitos, deputados estaduais e federais.
Azambuja destacou que a mudança faz parte de um projeto nacional de fortalecimento da direita e da oposição. Apesar de não confirmar oficialmente uma candidatura ao Senado em 2026, afirmou que sua prioridade é a reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB) e a formação de uma ampla base de apoio para a disputa majoritária no Estado.
“Chego ao PL para somar e multiplicar, não para dividir. Queremos dar mais musculatura política, respeitando também as lideranças que já estão no partido”, afirmou durante o discurso.
A filiação foi marcada também pela adesão de prefeitos que decidiram seguir com o ex-governador. Ao todo, 19 gestores municipais deixaram o PSDB para se filiar ao PL, elevando para 24 o número de prefeitos no partido.
No Mato Grosso do Sul, a missão de Azambuja será pacificar o PL e articular uma frente de partidos de centro-direita, como PP, União Brasil, Republicanos, Podemos, PSD e MDB, para fortalecer a oposição e garantir espaço no Senado e na Câmara Legislativa.
Ao se filiar ao PL, Azambuja assume um alinhamento direto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, presidente de honra da sigla. A cerimônia contou ainda com lideranças de direita e extrema-direita do Estado, como a senadora Tereza Cristina, a prefeita Adriane Lopes, o senador Nelsinho Trad e deputados estaduais.
A chegada de Azambuja ao PL, negociada desde meados de 2023, encerra mais de um ano de articulações e redesenha o mapa político de Mato Grosso do Sul para as eleições de 2026.