Queda na arrecadação do ICMS do gás e aumento de despesas reduziu a nota de Capacidade de Pagamento do Governo de Mato Grosso do Sul de A+ para B+. A confirmada é do próprio governador, Eduardo Riedel (PP), após admitir, durante agenda na Bolsa de Valores de São Paulo, na quinta-feira (4) que o Estado vive "um momento de ajuste fiscal mais intensivo”.
O governador participou do leilão que privatizou as atividades do HRMS, o Hospital Regional 'Maria Pedrossian' em Mato Grosso do Sul e confirmou o que já consta no portal da transparência do Tesouro Nacional: a Capag (Capacidade de Pagamento) revela que a nota do Estado caiu para B+ porque houve aumento de uso das receitas disponíveis para cobrir despesas correntes, como a folha de pagamento dos servidores e gastos com a manutenção da máquina estatal.
Nesse levantamento, o Tesouro Transparente indica que MS atingiu o limite prudencial máximo (46,55%) da Receita Corrente Líquida pagando salários dos servidores. No atual momento, o total da receita usado para honrar os vencimentos corresponde a 46,90%.
“Isso faz parte da gestão pública. (Teve) evolução do aumento de despesa, que é natural dentro do gasto público, e (também) restrição de receita, que foi o caso em função do ICMS do gás que caiu bastante”, admitiu o governador, além de considerar esse episódio como “natural”, conforme repercute o site CampoGrandeNews.
A meta agora, segundo o governador, é atuar para que a nota máxima seja resgatada. “A gente não pode abrir, em momento nenhum, a responsabilidade com o equilíbrio fiscal", reconhece Riedel. "A gente vai trabalhar no sentido de ajustar isso", prometeu.