Canetas emagrecedoras produzidas no Brasil chegam às farmácias na próxima semana

O mercado de medicamentos para obesidade e diabetes no Brasil vai ganhar um novo e importante capítulo a partir da próxima segunda-feira, 4 de agosto. Chegam às farmácias as primeiras canetas injetáveis produzidas nacionalmente com o princípio ativo liraglutida, já conhecido por seu uso no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2.

Desenvolvidas pela farmacêutica brasileira EMS, as canetas Olire e Lirux prometem mexer com o setor dominado até então por gigantes internacionais como a dinamarquesa Novo Nordisk (fabricante do Saxenda) e a americana Eli Lilly (de medicamentos como o Mounjaro).

A expectativa é alta: cerca de 100 mil unidades do Olire, indicado para o tratamento da obesidade, e 50 mil unidades do Lirux, voltado ao combate do diabetes tipo 2, já estarão disponíveis nas prateleiras de todo o país nesta primeira remessa.

A liraglutida, substância presente nos dois medicamentos, atua simulando a ação do hormônio GLP-1, que ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue e proporciona sensação de saciedade, contribuindo para a perda de peso. Seu uso deve ser acompanhado por profissionais de saúde e aliado a mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada e prática de atividade física.

Além do impacto na saúde, a chegada dos medicamentos nacionais também representa um avanço em termos de acessibilidade e concorrência de preços, podendo oferecer uma alternativa mais viável economicamente aos brasileiros que antes dependiam de produtos importados, muitas vezes com altos custos e dificuldades de reposição.

A EMS informou que a produção nacional garante estoque contínuo e a possibilidade de escalonamento, de acordo com a demanda. Especialistas avaliam que o movimento pode impulsionar uma nova fase no tratamento da obesidade no Brasil, considerada uma epidemia silenciosa e crescente.

Com a palavra, a ciência brasileira. A chegada dos medicamentos Olire e Lirux representa não apenas um marco industrial e farmacêutico, mas também uma oportunidade de democratizar o acesso a terapias modernas e eficazes no enfrentamento de duas das principais condições crônicas que afetam milhões de brasileiros.